Em fase de discussão pública, o estudo realizado pelo Grupo de Trabalho das Bibliotecas de Ensino Superior da Associação Portuguesa de Bibliotecários Arquivistas e Documentalistas, partiu da necessidade da definição e análise, no âmbito das atividades do projeto RCAAP, do modelo de negócio para a atribuição de identificadores únicos e persistentes do sistema Digital Object Identifier (DOI) às teses, dissertações e outra literatura cinzenta, assim como a outras publicações científicas e académicas de Portugal. Esta análise norteia-se pelos desenvolvimentos legais para a disponibilização das teses e dissertações e pelas diferentes aplicações no contexto nacional da publicação científica e académica, como o Serviço de Alojamento de Revistas Científicas (SARC) e os Repositórios do Projeto.
O estudo é composto por cinco partes onde se apresenta o enquadramento ao atual modelo de funcionamento e organização do DOI e respetivo âmbito de aplicação em Portugal, e se perspetivam os modelos de governação e linhas de ação no quadro das atividades RCAAP. Na primeira parte enquadra-se o conceito, quadro normativo e organização do DOI. Na segunda e terceira parte desenvolve-se a visão geral e a análise técnica do sistema DOI e apresenta-se o modelo de aplicação e atribuição de identificadores DOI em funcionamento nas principais agências registo DOI (Datacite e CrossRef). Por último, na quarta e quinta parte deste estudo, define-se o âmbito de aplicação em Portugal e modelos de governação com base no quadro das necessidades nacionais e estabelecem-se as principais linhas de ação e implementação no quadro das atividades do RCAAP.
Os identificadores únicos e persistentes são importantes?
São essenciais para que seja possível uma adequada gestão de informação em ambientes digitais. Um registo digital robusto, persistente, pesquisável e reutilizável em sistemas de gestão de informação académica e científica, requer uma infraestrutura baseada em padrões de interoperabilidade, protocolos, vocabulários acordados e identificadores únicos e persistentes. É neste contexto que surge o identificador DOI, concebido para a interoperabilidade, normalizado através da publicação da norma internacional ISO 26324:2012 e gerido a partir da International DOI Foundation (IDF). Um identificador DOI é permanentemente atribuído a um objeto de forma a fornecer uma ligação persistente e resolúvel para um objeto em redes digitais. O sistema DOI é implementado e operacionalizado por um conjunto de agências de registo que aplicam as políticas e ferramentas comuns designadas pela International DOI Foundation.
Este estudo procura definir os meios para facilitar a generalização da atribuição de identificadores DOI no contexto nacional, destinado sobretudo às teses, dissertações e outra literatura cinzenta, bem como a outras publicações científicas, académicas e resultados de investigação.
Consulte o Estudo no website RCAAP!
Os comentários deverão ser remetidos para o helpdesk@rcaap.pt do RCAAP até ao final do mês de Fevereiro.
Deixe uma Resposta